quinta-feira, 16 de junho de 2011

Distribuição de Weibull

Muitas vezes ficamos bastante chateados quando trabalhamos bastante num artigo, ao longo de meses, quando o mesmo é rejeitado num periódico. Inúmeros cientistas passaram várias vezes por situações como essa.

Quando o engenheiro e matemático sueco Waloddi Weibull publicou sua famosa distribuição de probabilidade há exatos 60 anos, seu artigo foi inicialmente rejeitado da seguinte forma:

"The article was refused with the comment that it was interesting but of no practical importance."

A distribuição de Weibull é uma das mais importantes da Engenharia e da Estatística.
Coloquei "Weibull distribution" no google e surgem 331.000 resultados. Comparando o grande cientista com dois cantores famosos encontrei em termos de citações no google:

Waloddi Weibull - 9.040 resultados

Paul McCartney - 51.600.000 resultados

John Lennon - 60.000.0000 resultados

E, para ficarmos verdadeiramente cientes que quantidade não é qualidade e da grande mediocridade inerente do ser humano, pude constastar no google que:

Reginaldo Rossi - 1.060.000 resultados.

Gabriel o Pensador - 1.700.000 resultados

Com todo o respeito àqueles (inclusive amigos meus) que gostam desse cantor brega - de péssima qualidade -, ou do intitulado "pensador" (também péssimo). Ciência é realmente para uma casta privilegiada!

sábado, 11 de junho de 2011

Vergonha!

O texto abaixo do grande Rui Barbosa, corresponde aos quatro primeiros parágrafos de um discurso proferido por ele. Essa vergonha, tão bem retratada pelo grande escritor baiano e um dos maiores intelectuais brasileiros, há quase 100 anos, eu senti essa semana pela libertação do famigerado assassino Cesare Battisti, patrocinada por algumas eminências pardas do PT. Segue o texto de Rui:

"A falta de justiça, Srs. Senadores, é o grande mal da nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo nosso descrédito, é a miséria suprema desta pobre nação.

A sua grande vergonha diante do estrangeiro, é aquilo que nos afasta os homens, os auxílios, os capitais.

A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove a venalidade, promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas.

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto".

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Quatro coisas impossíveis de acabar!

Em nosso País há quatro coisas impossíveis de acabar: o jogo, o carnaval, o futebol e a corrupção.

Os jogos de pura chance, bancados, não conduzem a nada produtivo, pois só beneficiam o banqueiro. É uma lei da Probabilidade. Esse tipo de jogatina enriqueceu Sílvio Santos desde o famigerado baú da felicidade. As emissoras de TV e a própria CEF aderiram ao jogo há muito tempo. As "raspadinhas" transformaram o jogo semanal e diário em instantâneo.

O carnaval é bancado por muitos contraventores. Esse carnaval, das mulatas sensuais e vaidosas, de coxas grossas e fortes, fazendo na avenida um "samba no pé", deixando os marmanjos enlouquecidos, elimina pelo menos 1/50 da nossa produção de bens e serviços, pois se passa uma semana sem o trabalho.

O futebol, junto dos dois primeiros fatores, forma o ópio do povo brasileiro. Futebol das vibrações dos estádios, da malemolência do crioulo, da malícia dos jogadores e dos dribles incríveis. Fiquei estupefato ao assistir, recentemente, um vídeo com a ostentação financeira de um jogador Wagner Love (que não conhecia e peço perdão aos flamenguistas). Lembro aqui que o grande Nilton Santos (a Enciclopédia) ia de ônibus aos treinos do Botafogo.

Essas três coisas combinados estimulam o ganho fácil e o jeitinho brasileiro, criando falsas esperanças que dopam os sentidos no que se refere à capacidade de luta do nosso povo. As novelas, também, ajudam a sonhar.

Finalmente, a corrupção crônica que assola nossa pátria amada é a grande vilã pela nulidade dos serviços públicos ofertados à população, principalmente, na área de educação e saúde. A rede pública municipal e estadual paga ninharias ao professorado e os hospitais universitários estão verdadeiramente sucateados. Esse fato produz um
único corolário: ganhos exorbitantes das seguradoras e dos planos de saúde!