Sempre quando examinamos candidatos nos concursos públicos observamos com cuidado a produção científica, apresentação de aula didática, experiência acadêmica e títulos. Mas, muitas vezes, não examinamos - com o devido cuidado -, um dado supe importante: quem foram os orientadores de mestrado e doutorado do candidato? Esse último dado (além é claro das publicações) é sempre considerado nas universidades americanas ao contratar um professor.
No Brasil, será sempre oportuno considerá-lo, principalmente, face à proliferação de cursos de pós-graduação e da baixa qualidade de muitas disserações e teses produzidas. A variabilidade do fator qualidade se torna assim quase infinita.
Um orientador com extensa produção científica internacional tende quase sempre a orientar - na sua área -, boas dissertações e teses. Aqueles sem produção científica internacional orientam - na quase totalidade das vezes -, trabalhos sem o mínimo conteúdo científico. Isso sem falar naqueles pseudo-pesquisadores que se arvoram a orientar em área que não conhecem e atuam. Ademais, muitas instituições que preservam a qualidade da pós-graduação no País já estão solicitando publicações (nacionais ou internacioanis) para ingresso de alunos nos seus cursos. Esse é um bom avanço no sistema de pós-graduação brasileiro.
Uma estratégia que certamente poderá ajudar na decisão (do que incluir e do que excluir na academia) é sempre solicitar cópias dessas dissertações e teses para um exame mais cuidadoso.
Entendo que todos aqueles comprometidos com a qualidade da pós-graduação brasileira (e em especial da estatística) devem ficar bem atentos aos pontos que descrevo
acima. Publicar é uma tarefa muito difícil e exisge muita peristência. A estatística brasileira deve continuar crescendo baseada na meritocracia. O caminho é muito longo, mas em ciência não existem atalhos.
sábado, 6 de março de 2010
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