A ideia da Escola de Modelos de Regressão (EMR) surgiu numa mesa de bar em Olinda, em maio de 1987, quando Clóvis Perez e eu nos deliciávamos com inúmeros copos do precioso líquido por algumas horas. O assunto em pauta (na mesa do bar) era outro: a tese de doutorado do Prof. Gilberto Paula, que Clóvis orientava formalmente no IME/USP e me convidou para ser um mero co-orientador na parte relativa à teoria assintótica.
Estávamos acertando a vinda do Gilberto à Recife para trabalharmos juntos, quando concebemos esse evento – à época denominada Escola de Modelos Lineares. O Gilberto propôs (na sua tese de doutorado) a classe dos modelos não-lineares da família exponencial, tema correlacionado com os objetivos da escola, embora tenha se dedicado mais à teoria assintótica nesta classe de modelos. Gilberto e eu publicamos um artigo na Biometrika (em 1989) decorrente desse trabalho conjunto, que revela-se importante, pois estende os modelos lineares generalizados (MLGs) e os modelos normais não-lineares simultaneamente.
Idealizamos, assim, nessa mesa de bar, que Gilberto organizasse o primeiro encontro de regressão em São Paulo. Ele depois prontamente aceitou e a Primeira Escola efetivamente ocorreu (em fevereiro de 1989) na USP, com a participação de muitos pesquisadores do Brasil e do exterior. Por exemplo, John Nelder (grande pesquisador de MLGs) e Bent Jorgensen (outro grande estatístico que definiu os modelos de dispersão) estiveram presentes. O mini-curso que o Prof. Bent ministrou nesta 1ª escola se transformou, depois, num livro publicado pela Chapman and Hall.
O Gilberto defendeu sua brilhante tese no IME/USP em setembro de 1988, mas trabalhou de forma incessante durante todo esse ano na organização desse evento, que desde então tem tido sucesso comprovado até os dias atuais.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
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